Tratamento de feridas

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O cuidado com as feridas remontam épocas históricas da humanidade, utilizando a bíblia como livro histórico, encontramos as chagas de Cristo como um dos relatos mais importantes para a humanidade, temos ainda as chagas de São Camilo de Lelis e só depois com a estruturação hospitalar, essas lesões passaram a ser tratadas em ambiente hospitalar.

            Após o início das terapêuticas hospitalares e o aumento dos casos de infecções hospitalares, percebeu-se que a internação por decorrência destas feridas acabavam aumentando o grau de morbidade e o tempo de hospitalização do doente, devido a preferência de bactérias por este tecido, que não tem a barreira da pele íntegra como defesa. 

            A WUWHS (WORLD UNION OF WOUND HEALING SOCIETIES), classifica lesões de pele, como uma  solução de continuidade do tecido epidérmico. Portanto, a ruptura deste tecido tira o seu caráter de esterilidade, mantendo uma superfície ferida em contato com ambiente externo, tanto que feridas operatórias ou traumáticas, são suturáveis (primeira intenção) até o período máximo de seis  horas, devendo ser tratadas por segunda intenção posteriormente à isso.

            Conclui-se que manter o doente em cuidados domiciliares ou ambulatorial, com supervisão e condutas de tratamento para cicatrização, tem um aspecto mais ético e humano, diminuindo à superexposição destes doentes, aos ambientes hospitalares que tornam-se hostis e acelerando o processo de integração familiar e cura, propriamente dita.

 

Prof. Enf. Roberto Castro

Diretor do Ambulatório de Feridas

Especialista em Tratamento de Feridas

Coren/SP 157850