Terapia Biológica-Fundamentos e Prática

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1 - CONCEITOS

Uma terapia é dita biológica quando utiliza procedimentos que atuem na preservação ou reconstrução das forças teleológicas de desenvolvimento e dos mecanismos espontâneos de autocura (Vis medicatrix naturae).

As terapias biológicas não atuam contra as doenças mas, sim, a favor da saúde. Tais terapias buscam a integridade do biossistema humano e utilizam substâncias originárias dos processos vitais e procedimentos orientados às funções mantenedoras da vida.

Na prática terapêutica de caráter biológico são igualmente considerados os aspectos materiais, energéticos e anímico-espirituais. Nesse sentido, a chamada Medicina Biológica é uma medicina verdadeiramente integral no sentido mais amplo desse termo

As terapias biológicas utilizam substâncias naturais, forças físicas e métodos psicológicos, coordenados segundo as necessidades individuais e respeitando as características de cada doente, as particularidades do seu adoecer e os mecanismos fisiopatológicos.

Substâncias sintéticas também podem ser usadas terapeuticamente, desde que atuem em consonância com as leis biológicas que regem os processos vitais do organismo doente.

2- PRINCIPAIS TERAPIAS

Inúmeras são as terapias biológicas mas, para efeitos didáticos, basta relacionar as mais comumente utilizadas. Dentre essas citamos a homotoxicologia, a homeopatia, a terapia neural de Huneke, a enzimoterapia sistêmica, a terapia polarizante, a metaloterapia, a ozonoterapia, a oxigenoterapia, a terapia hematógena de oxidação (fotobioluminescência), a terapia ortomolecular e a oligoterapia biocatalítica.

3- PRÁTICAS ESSENCIAIS

As terapias biológicas utilizam certas práticas, comuns a muitas delas, que visam atingir o organismo doente como um todo. Tais terapias têm sempre uma visão holística e integrativa e o que se intenta é, em última análise, melhorar a homeostasia pela detoxicação geral e pelo aumento e melhoria da Reação Orgânica Integradora.
As práticas essenciais para a efetividade das terapias biológicas são:

  • Detoxicação Geral
  • Desintoxicação Intestinal
  • Oxigenação Tecidual
  • Nutrição Celular
  • Ativação Mesenquimal

4-SAÚDE E DOENÇA COMO ESTADOS ENERGÉTICOS

A medicina biológica é sempre holística e integrativa em suas concepções e ação terapêutica. Dentre as teorias que dão suporte científico aos seus enfoques clínico-terapêuticos temos a teoria de sistemas de Ludwig von Bertalanffy, que considera o organismo como um sistema fluente interagindo com seu entorno. O organismo é um sistema aberto que troca matéria e energia com seu ambiente.

A vida é um estado energético onde o caos (entropia) mantém uma interação dinâmica e sinérgica com a ordem (entalpia). A saúde é um estado entálpico (energia suficiente) e a doença é um estado entrópico (energia insuficiente). Na homeostasia há uma constante troca energética, com ganhos e perdas de energia, e de cujo equilíbrio dinâmico depende o estado a que chamamos saúde.

Só existe saúde quando o organismo mantém o quantum de energia necessário às suas funções vitais e a doença só pode ocorrer quando o nível de energia decai e se torna insuficiente para gerar o trabalho necessário à manutenção da homeostasia. Portanto, saúde e doença são estados energéticos e as variações qualiquantitativas da energia geral do organismo é que determinarão a higidez ou a patologia do sistema de fluxo que caracteriza o
ser vivo.

Como corolário do que se afirmou acima, toda patologia pode ser tratada aportando-se energia ao organismo doente. Essa é a base da terapia metabólica de Sodi-Pallares, que utiliza solução GIK ( solução polarizante constituída de glicose, insulina e potássio) para disponibilizar energia livre ao nível das mitocôndrias. A terapia polarizante de Sodi-Pallares é
eficaz em inúmeras patologias, inclusive beneficia pacientes cancerosos pois o câncer é uma típica patologia por deficiência de energia intracelular.

Como terapia apoiada na termodinâmica da célula temos o uso da cocarboxilase (pirofosfato de tiamina), a qual tem uma forte ação entálpica, disponibilizando grandes quantidades de energia livre para o trabalho celular. É, por isso, uma terapia auxiliar no tratamento do
câncer, dos estados tóxicos e das patologias por lesões teciduais.

Também como medicação de ação entálpica, podemos utilizar a L-carnitina e a propionil L-carnitina por sua ação estimuladora do ciclo de Krebs e pelo incremento na produção de ATP que provocam .

Dr. Neuci da Cunha Gonçalves
E-mail: neucigoncalves@gmail.com